Associativismo e educação popular no pós-25 de Abril – Ilhas de Abril, ou o caso da Associação de Moradores da Lomba

De: Isabel Timóteo, Hugo Monteiro, Maria João Antunes, Francisca Weiner

DOI: https://doi.org/10.24840/esc.vi69.1176


Resumo: O movimento associativo popular constituiu durante a ditadura portuguesa espaço de práticas de liberdade e de livre aprendizagem face ao projeto ideológico do regime. Estas dinâmicas de resistência foram amplificadas a um nível sem precedentes na explosão de liberdades trazida pela revolução de abril de 1974. As associações de moradores formadas no pós-revolução sobreviveram ao declínio da participação e a uma diagnosticada crise de agência cidadã, e são ainda espaços de sociabilidade, permanência simbólica e formação de subjetividades políticas. O presente artigo parte do caso de uma Associação de Moradores do Porto para discutir pressupostos educativos, sociais, políticos e culturais que permanecem nestas instituições subsidiárias de Abril, quer na sua herança e na sua atividade atual, quer na sua sociabilidade e património simbólico.